O Rei das Blue-Chips!

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O objetivo deste blog é de mostrar opiniões sobre o mercado de ações no Brasil.

29/12/2014

Análise dos fundamentos da JOSAPAR (JOPA3, JOPA4) até ITR de 09/2014

Análise dos fundamentos da JOSAPAR - Joaquim Oliveira S. A. Participações (JOPA3, JOPA4), elaborada em 12/2014, com base nos balanços de 2007 até 09/2014 e nas outras informações divulgadas.

42 páginas. Clique aqui para acessar.

Profunda e completa análise, abordando os diversos aspectos da empresa e de seu mercado, além de efetuar estimativas sobre a possível lucratividade e faturamento futuros. 

Contém vários gráficos, tabelas e cálculos explicativos.

26/12/2014

Análise dos Fundamentos de CRISTAL PIGMENTOS (TIBR5) até ITR de 09/2014

Análise dos fundamentos de Cristal Pigmentos do Brasil S.A. (TIBR3, TIBR5, TIBR6, antiga MILLENNIUM), elaborada em 12/2014, com base nos balanços de 2007 até 09/2014 e nas outras informações divulgadas.

40 páginas.

Clique aqui para acessar.

Profunda e completa análise, abordando os diversos aspectos da empresa e de seu mercado, além de efetuar estimativas sobre a possível lucratividade e faturamento futuros.

Contém vários gráficos, tabelas e cálculos explicativos.

As análises englobam o grupamento aprovado e que será efetivado em 01/2015.


15/12/2014

Irresistíveis shares do Facebook (12)


14/12/2014

Uma rápida análise sobre a Petrobras e uma proposta de solução dos problemas atuais

A Petrobras tem 13,04 bi de ações. Tem cerca de 13,8 bi de BOE de reservas provadas em ÁGUAS RASAS e continentais, não considerando o pré-sal (somente petróleo e condensado).

Fazendo uma conta rápida, é quase 1 ação para 1 barril em águas rasas e continentais (1,058).

Podemos considerar que o lucro líquido dos BOE é perto de 12% do preço internacional. Então, 1 barril estaria gerando perto de US$ 7,61 de lucro por ação (crude oil a US$ 60,00).

Assim, por ação, estas reservas teriam o preço estimado, aproximado, de R$ 19,80. Entendo que esse seria um valor BASE de cotação para PETR4, ou seja, uma forma  simples de P/L apenas considerando as reservas provadas sem pré-sal e outros ativos.

Considerando o total de ativos menos dívida (ou seja, o PL), o VPA da Petrobras era de 27,77 em 2T14.

Esses números indicam que a cotação atual de R$ 10,11 para PETR4 parece estimar a falta de perspectiva positiva futura para a empresa e que há muitos problemas, gerando um pesado desconto de cerca de 17,00 frente a seu VPA e de  cerca de 10,00 frente a minha estimativa para as reservas de águas rasas. Um dos problemas já abordei no artigo  deste link (PeTrolão).

Os outros problemas parecem estar ligados ao pré-sal (baixa lucratividade ou mesmo inviabilidade nos preços atuais do oil) e ao altíssimo endividamento.

As atuais cotações do oil colocam em xeque os pesados investimentos da empresa, porque:

a) modelo de exploração do pré-sal obriga a empresa a ser operadora dos blocos;

b) o custo de exploração, que, segundo estimativas, está perto ou acima de US$ 60,00/barril, deixa o pré-sal no limite da inviabilidade, afinal, o crude oil  está hoje a exatamente US$ 60,00/barril.

Os planos divulgados pela empresa (PNG 2014-2018) preveem um total de US$ 220,6 bi em investimentos.

Desse total, US$ 135 bi seria destinado ao pré-sal (60%, ou US$ 82 bi) e ao pós-sal ( 40% ou US$ 53,9 bi).

Em R$, teríamos, de 2014 a 2018:

Total dos investimentos: 573 bi.

No pré-sal:   213,2 bi.

No pós-sal: 140,1 bi.


O problema está aí: serão investidos 213,2 bi no pré-sal, mas se os preços do oil ficarem baixos demais, a lucratividade será zero, ou pior, NEGATIVA, o que seria desastroso!

Então, QUAL SERIA UMA BOA SOLUÇÃO?

Considerando o enorme endividamento atual da Petrobras, de 241 bi em 2T14 (dívida líquida), que gera perto de 17 bi ao ano de juros (ou 1,29 por ação), a solução é VENDER!!

Vender cada vez mais oil, mas tem que ser de menor custo, de águas rasas e continental.

Para acelerar as vendas de petróleo de águas rasas, por que não comprar empresas nacionais que já contam com recursos contingentes e com algumas reservas?

Além das empresas de oil listadas na Bovespa, existem várias outras pequenas, bastando ver o site da ANP.

Focando as empresas abertas:

OGpar: tem vários campos de exploração ainda intocados e não tem grana para começar a explorar.

OSX: é uma solução para pronta entrega de duas FPSO, com a vantagem de ter no Açu uma ótima área contratada para 30 anos, a baixo custo de aluguel. Também não tem grana para mais nada.

HRT: caixa minguando, mas tem bom potencial em Solimões, principalmente para gás. O problema é o alto custo para monetizar este gás, mas a Petrobras já tem boa estrutura por lá, o que facilitaria.

QGEP: empresa que está em boa situação financeira, por causa de seu conservadorismo e baixo endividamento. Mas demora muito para monetizar seus campos de oil.

Se a Petrobras comprasse estas empresas, certamente haveria ganhos de escala e sinergias. E o principal: a Petrobras tem geração de caixa para investir no CAPEX necessário para tirar o oil e gás que as empresas possuem.

Além disso, a Petrobras poderia desenvolver a OSX. Dá dó de ver um bom projeto, o estaleiro, parado lá, enferrujando, quando poderia estar gerando renda.

Qual seria a produção diária em BOE das 3 empresas acima? Seria igual à atual, mas a Petrobras poderia acelerar o desenvolvimento da produção.

Dos 213 bi que a Petrobras investiria até 2018 no caro e, atualmente, duvidoso, pré-sal, bastaria apenas uma fração para comprar as 4 empresas e ainda sobraria muito para o CAPEX.

Vamos a umas contas: qual poderia ser o preço de compra de todas as ações das 4 empresas?

Temos que considerar que prejuízo é investimento, ou seja, não foi fácil para as 4 empresas chegarem no status atual, ainda que em péssima situação, no caso de OGpar, OSX e HRT.

Portanto, faço 3 estimativas de possíveis preços de compra de TODAS as ações das 4 empresas:



Veja que, mesmo com um preço de compra BEM ALTO frente à atual cotação das empresas em bolsa, a Petrobras despenderia entre 19 bi e 32 bi, ou 9% a 15% do total de 213 bi previsto para o pré-sal.

A geração de caixa da Petrobras permite essa compra, afinal, só em 6M14 a empresa gerou 23,7 bi de caixa. Em 2013 e 2012, a geração de caixa foi de 66 bi e 64 bi, respectivamente. O problema é que a empresa precisa alocar caixa em pesados investimentos, sendo a maior parte no pré-sal.

Quais as vantagens nessa hipótese? Entendo que seriam, além do que já escrevi acima:

a) colocar o pré-sal em stand by até que os preços do oil se definam, para que seja avaliada a continuidade da exploração ou se seria necessário rever o sistema de exploração (mudança do marco legal).

b) Acelerar o desenvolvimento do potencial de águas rasas, que tem menor custo que o pré-sal.

c) Ajudar a acabar com a péssima imagem que OGpar, OSX e HRT deixaram. É óbvio que o fracasso destas empresas não faz bem para o país. Comprar as empresas seria pelo menos uma solução decente, ao invés de deixá-las simplesmente quebrar. Ajudaria também a melhorar a imagem do mercado de capitais brasileiro, que acho que está fortemente abalada, principalmente pelas falcatruas X.

d) Desenvolver os potencial de gás em Solimões da HRT (e também da OGpar e QGEP). Atualmente, com o problema hidrológico, é fundamental que as reservas de gás brasileiras saiam logo do solo, para que um possível problema de falta de energia no futuro seja evitado.

Qual o nível de BOE diários que a possível compra acima iria gerar?? NÃO SEI!! Mas basta observar o portfolio das empresas para constatar que há bom potencial a ser explorado, além da pequena extração já existente.

NÃO É UMA SUGESTÃO MALUCA!!  Conforme quadro acima, o preço de compra poderia corresponder entre 0,12 bi e 0,20 bi de BOE (preço de venda do oil a US$ 60,00/barril) no total das 4 empresas, o que não é alto, já que há muitos campos de exploração nas empresas acima.

Na proposta mais alta (a estimativa 3), o valor de compra equivaleria a cerca de 203.000.000 de BOE. Basta ver o portfolio das empresas acima e inferir que poderia ser extraído mais do que isso, considerando todos os campos.

Enfim, é apenas uma hipótese que poderia ajudar a Petrobras resolver o atual problema do endividamento e de necessidades de aumento de produção e vendas. Quanto ao PeTrolão, é outro problema.

Quero deixar claro que esse estudo não visa recomendar compra, venda ou manutenção de ações. Trata-se apenas de um mero estudo opinativo.

Vejam minhas outras análises em 

http://analisedefundamentos.blogspot.com.br/


08/12/2014

Análise dos Fundamentos de Positivo Informática (POSI3) até ITR de 09/2014

Análise dos fundamentos de Positivo Informática S.A. (POSI3), elaborada em 12/2014, com base nos balanços de 2007 até 09/2014 e nas outras informações divulgadas.  

47 páginas. Clique aqui para acessar as análises.

Profunda e completa análise, abordando os diversos aspectos da empresa e de seu mercado, além de efetuar estimativas sobre a possível lucratividade e faturamento futuros. 

Contém vários gráficos, tabelas e cálculos explicativos.

06/12/2014

Testes de impairment, os badalados FII e o cenário atual de alta dos juros com "pibinho"

Estudando um pouco os FII, identifiquei um problema sério, que parece justificar as recentes quedas.


Está ligado a uma questão, comum a todas as empresas que investiram fortemente de 2006 a 2011, durante a alta dos preços em geral (cimento, minério, aço, commodities): possíveis testes de impairment.

Se os preços continuarem baixos por muito tempo e se essa queda influenciar negativamente na expectativa de fluxo de caixa futuro das empresas, há mesmo o perigo da baixa do valor recuperável dos ativos.

Por outro lado, se os preços se recuperarem (em termos reais) e se não houver redução importante da rentabilidade das empresas,  não haverá problema.

No caso dos FII, o mercado já parece refletir o problema. Se observarmos o histórico do valor de mercado VERSUS PL, o mercado já precifica a massa de FII bem abaixo de seu PL:

(veja o boletim mensal

http://www.bmfbovespa.com.br/fundos-listados/boletim-mensal-fundos-imobiliarios.aspx  )

Assim, se a rentabilidade geral e preços do mercado caírem (em valores reais, ex-inflação), a tendência será de queda dos rendimentos dos FII, o que já está acontecendo.

Fazendo projeções de longo prazo para os rendimentos futuros pagos pelos FII aos cotistas, constata-se, obviamente, que é importantíssimo que não caiam e que o valor da cota não se deprecie de maneira relevante. Caso contrário, o cotista terá muitas dificuldades em recuperar o valor investido, se considerado o benchmark da renda fixa oficial.  Parece que, se mantido o atual cenário, a rentabilidade cairá lentamente, no LP.

Por outro lado, se a partir do fim de 2015 houver tendência de queda da SELIC e, ao mesmo tempo, os FII mantiverem ou aumentarem um pouquinho (em termos reais) os rendimentos, o oposto será verdade: a rentabilidade para o cotista será excelente. Mas se os rendimentos caírem aproximadamente na mesma proporção da possível queda da SELIC, o efeito, para o cotista, tenderá a ser neutro no longo prazo, ou seja, a rentabilidade ficará perto de zero (descontado o custo de oportunidade da renda fixa oficial).

http://analisedefundamentos.blogspot.com.br/